sábado, 16 de julho de 2011

Duas Mulheres/Uma mulher/Todas as mulheres

Depois do hino
(Sala confortável de apartamento classe média na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em cena Mãe, quase centenária, e Filha, 70 anos).

Filha (terminando de acomodar a mãe na poltrona quase cama, cheia de travesseiros, em frente à televisão desligada) – E agora, está bom?
Mãe – Ótimo. Obrigada.
F (senta-se numa poltrona menos confortável que a da mãe e começa a folhear uma revista) – Quer mudar a fralda?
M – Não precisa, está sequinha.
F - Ligo a TV?
M – Não, cansei.
F – Então descanse.
M – Que horas os convidados chegam?
F – Na hora do almoço, ali por uma, uma e meia.
M – Você convidou quem?
F – Ora, mãe, a velharada toda. A casa vai ficar cheia.
M – Vai ser uma farra. E a comida?
F- Estrogonofe. E torta de maracujá, de sobremesa. Tudo que você gosta.
M – Estrogonofe da Heleninha?
F - Da Heleninha, claro. Daqui a pouco ela aparece.
M – Santa Heleninha. Quantos anos ela está conosco?
F – 43.
M – Já é de casa (mexe-se na poltrona, suspira). E eu, quantos?
F – 98, mãe. Você está fazendo 98 anos.
M – 98 ou 99?
F – 98. Você cismou com 99. 98, combinado?
M – Então faltam dois?
F – Isso, dois.
M – Passa rápido. Daqui a dois anos eu danço a valsa com o Luís Felipe. Dançamos a valsa e depois cantamos o hino... Ouviram do Ipiranga as margens (tosse).
F -   Quer cuspir?
M – Já engoli. Diga pro Luís Felipe que eu quero ele de farda engomada, impecável. Aliás, nem precisa dizer, teu pai anda sempre impecável, a farda engomada.
F – Andava, mãe, andava.
M -  Ah, não seja má.
F – Desculpe.
M – Dois anos? Passa rápido. Só existe uma possibilidade de eu não chegar aos cem,
F – Lá vem besteira.
M – é morrer antes.
F – Olha a besteira.
M – Mas (ergue e sacode os braços com força) não morro, morrer não está nos meus planos.
F – Assim que se fala, parabéns.
M – Estrogonofe da Heleninha? Delícia.
(O interfone toca, a Filha se levanta para atender).
M (sentando-se direito na poltrona) – Espere aí, espere aí...
F – O que houve?
M – Será que é o Luís Felipe. Se for ele,
F – Não é ele, mãe, ele... (fala rapidamente ao interfone, volta a sentar-se).
M – Quem era?
F – O porteiro se enganou, ia ligar pro 502, ligou pra cá.
M – Que susto, meu Deus, pensei que fosse o...
F – Pensou errado, eu já te disse, o papai...
M – Olha, se o Luís Felipe aparecer antes dos meus cem anos, diz pra ele que eu não quero antecipar nada, eu faço questão de...
F – Já sei, já sei, fique tranqüila.
M – Daqui a dois anos sim. Mas ele tem de vir todo engomado, a farda impecável,
F – Eu digo pra ele, não se aflija.
M – que é pra dançarmos com todo o brilho.
F – Seria lindo.
M  (sublinhando o verbo) – Será lindo. E, terminada a dança, cantamos o hino.
F – Ouviram do...
M – ... Ipiranga as margens plácidas...
F -  E depois do hino, você vai estar cansada, eu levo você pra dormir, combinado?
M (pulando, ficando de cócoras na poltrona, com o vigor de uma adolescente) – Não senhora, nada disso. Depois do hino eu e o Luís Felipe vamos pro quarto...
F – Mãe, o papai...
M – Não me interrompa.
F - ... ele já...
M – Não me interrompa e, quando estivermos no quarto, não nos espione, não fique no corredor com a orelha grudada na porta.
F – Sim, eu não...
M – Seja uma menina obediente, sou eu que engomo a farda do teu pai, eu que... cadê a Heleninha?,  esse estrogonofe sai ou não sai?    


  Até o fim
De repente a vontade mansa de transar com o cunhado explodiu. Certa de que o desejo era recíproco – ele a olhava com gula – abriu o jogo: que tal passarmos uma tarde em teu apartamento, lá tem cama? Marcaram para o dia seguinte, ele podia faltar ao trabalho, a esperaria.
Foi ótimo, ah, como a vida é boa. Ainda estavam se vestindo, o cunhado soltou a ameaça: já imaginou a confusão se eu conto pro meu irmãozinho querido? Ela gelou, bem que o marido não se cansava de pichar o irmão, é um crápula, você não faz idéia do que já sofri na mão dele.
Passou o resto do dia com medo, de noite decidiu agir. Alisou a cabeleira do marido enquanto viam televisão, quero te contar uma canalhice do Arnoldo, mas só se você prometer que se segura, que não vai tirar satisfações, promete? Arnaldo se impacientou, conta, o que o filho da puta, com o perdão da mamãe, aprontou? Ela fingiu vacilar, mordiscou a orelha do marido, o carinho preferido dele, e soltou a bomba: o teu irmão me cantou, me chamou pra gente trepar, assim com todas as letras.
Arnaldo esmurrou o sofá, mau caráter, inconveniente, parece personagem do Nelson Rodrigues, você precisa ler o Nelson pra entender o que eu digo. Arnaldo bufando, ela ficou em dúvida se fizera o melhor. Agira por instinto, e se desse errado? Mordiscou, alisou, fez voz de criança, você prometeu não tirar satisfações, lembre-se de tua mãe, a coitada pode ter um enfarte.
Palavra dada, Arnaldo renovou a promessa, ficaria quieto. Mas cuspiu mais veneno contra Arnoldo: não se surpreenda se o pulha espalhar que você é que deu em cima dele, ele é capaz de tudo. Ela gemeu, pois é, sei lá, bem, mas você está prevenido.
Antes de dormirem, se amaram. Arnaldo, tão carinhoso, tão camarada, ela sentiu que jamais o deixaria. Viveria quantas aventuras pudesse viver, mas permaneceria com o marido até o fim, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, como jurara. E, pela primeira vez, quis ter um filho.


Eu
Eu sou todas as mulheres que tive. Da que me pariu à que me pediu que a sodomizasse. Da que se deu inteira à que me negou o prazer mais ínfimo. Da que me sustentou à que me traiu. Eu sou todas elas.
E sou também as que não tive. Todas, todas, todas. 

57 comentários:

  1. trago em mim esse peso enorme de todas as mulheres do mundo A que se deu e não foi correspondida, a que não amou e foi amada, a que desejou e foi desejada, a que foi infiel, a que lutou, a que foi leal a que chorou por isso mesmo, a que achava que podia tudo. Olho pra trás e vejo todas numa só, a que sou hoje. Não tenho mais a certeza de outros tempos mas sei que ainda quero viver intensamente.

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  2. O desejo foi maior que o medo e nos envolvemos numa loucura total. Não tinha dia, nem hora e nem lugar. Era no parque, no carro, na então deserta Barra da Tijuca . Mas um dia fomos além. Com o marido fora, o outro resolveu ficar pra jantar. A noite mal tinha começado qdo ouvimos o barulho na porta. Sorte a tranca estar passada. Mal deu tempo dele se esconder debaixo da cama mas o rastro ficou. Dois cálices de vinho no chão. Meu coração estava descompassado. Ganhei presente, desarrumei sua mala. Não, pensava eu, ele nem percebera nada e mais tarde a cama rangia sob o peso de nós dois mas a sombra do outro estava lá, sufocado e humilhado. A viagem tinha sido longa e o marido então virou-se pro lado e dormiu profundamente. Será mesmo ? A porta dos fundos foi aberta rapidamente e o cunhado se foi. No dia seguinte havia algo estranho no ar. Um silêncio enorme, opressor, acusador e eu estava separada. Não houve briga nem escândalo. Ele sempre soubera de tudo. Depois disso pude fazer o que eu quis da minha vida mas as fugidas perderam a graça. O cunhado ? sumiu no tempo e no espaço.

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  3. Teatríssimo Magay.
    Como você sabe, eu não sou de muita leitura mas gosto de teatro, gosto e vou. Assim sendo, adorei a tua cena entre mãe e filha, inclusive porque eu nunca tinha lido um texto teatral, com as dicas do autor,que se chamam rubrica isso eu sei, só tinha visto a encenação. Magistral, palmas, palmas.
    Os outros dois textos também achei ótimos, caramba Magay, como as mulheres ocupam epaço na nossa vida. Elas são tudo de bom, mesmo as que nos sacaneiam, digo isso só pra você, elas não podem saber se não vão sacanear mais ainda.

    Teresíssima, até parece que o Magay pegou emprestado parte da tua história, que tem cunhado, pra escrever o segundo texto. Você não é mole, morro de curiosidade de saber qual é tua idade. Pena que eu não tenho programada uma ida ao Rio pra te conhecer. Mas um dia, quem sabe?
    Abraço do Igor Matoni.

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  4. Igor, Super Curioso, nossos textos, meu e do MA, se cruzaram e não é novidade o que escrevemos. Cunhado sempre existiu. Posso te dizer que vivi intensamente, que fiz o que eu queria e só não deu mais por falta de tempo. Queria engolir o mundo de uma vez só. Tinha pressa de tudo. Não acho que foi sacanagem. Eu era irresponsável, não tinha limites mas era intensa, cheia de escrúpulos. Dá pra entender ? Lógico que não. descobrir que era desejada e amada me fazia crescer e achar que podia fazer tudo. Não me arrependo de nada, só do que não fiz. Mas ainda vou fazer, pode crer.
    Com o tempo não sosseguei mas estou mais seletiva.
    Vai ser um prazer te enoontrar aqui no Rio.

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  5. Não, Igor, não peguei emprestado parte da história da Teresa, até porque eu a desconhecia. A Teresa e eu somos amigos, nos vemos de vez em quando (e eu fico muito feliz em tê-la aqui no BP), mas eu desconhecia essa aventura dela. Mera coincidência. Aliás, a meu ver a Teresa mostra grande coragem ao fazer esse relato. E me deixa satisfeito, não vou negar, o meu texto provocar esse tipo de reação.

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  6. Valeu a pena bordejar hoje pelo blog.
    Visitante.

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  7. é, MA, bastou puxar a pontinha do iceberg para que tudo aparecesse. Não é preciso coragem pra contar o que aconteceu. Não matei nem roubei, apenas amei. Como a minha existem milhões de casos iguais. Vc provocou e fui na sua onda.

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  8. Belos textos.
    A macharia que me desculpe, mas nós, mulheres, estamos por cima da carne seca.
    Ana Gam, de noite.

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  9. Gay, eu e o Leandro estávamos brincando de representar a tua cena de teatro. Fizemos duas sessões, na primeira eu fui a Mãe velhona e ele a filha velhinha e na segunda trocamos os papeis. Nos divertimos muito.

    Mesmo o homem que é homossexual sabe da importância da mulher, começando por aquela que nos traz ao mundo.
    Beijo a todos.

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  10. Homem e mulher devem ficar no mesmo degrau porque se não for assim é guerra e nenhuma guerra é uma coisa positiva.
    A gente nunca foi ao teatro mas o papo da mãe com a filha nos deu vontade de ir. Quando tiver uma chance a gente vai.

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  11. Não guerreio contra os homens. Eles são meu objeto de desejo. Melhor lugar pra ser feliz é ali ao lado deles. Brigar jamais. Gosto de ser paparicada, ser amada, desejada. Mas sei retribuir. Adoro aquela conversa fiada ao pé do ouvido, sem nexo. Um lerolero gostoso. Se estamos no mesmo nível isso não me interessa. Se ele está por cima, melhor ainda. Finjo submissão.

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  12. Carol Vinhas de Jesus17 de julho de 2011 às 13:18

    Uma amiga minha, que me pediu para eu não dizer seu nome, foi quem me falou deste blog e eu estreio já com uma pergunta que pode incomodar, mas que eu preciso fazer à Teresa: é necessário vc abrir desse jeito tua vida intima? Todos nós temos segredos cabeludos mas não ficamos nos expondo assim. Pelo amor de Deus, não fique zangada, talvez até vc tenha razão, mas eu acho estranho.
    Sobre a qualidade dos textos eu não tenho conhecimento literario pra julgar, mas gosto.
    Pretendo voltar.

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  13. Oi Carol, sua pergunta não me incomoda a mínima. Continuarei escrevendo o que quiser, sobre o que quiser. Não ofendi a ninguém. Não seja pudica. Procura entrar um pouconae fantasia nas entrelinhas. Uma pena vc não conseguir por pra fora os seus sonhos.

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  14. Carol Vinhas de Jesus17 de julho de 2011 às 15:56

    Teresa, como eu disse talvez vc tenha razão. Mas quero fazer uma correção: eu consigo sim pôr meus sonhos pra fora, diferente de vc mas consigo.
    Tudo de bom.

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  15. Carol, seja bem-vinda e entre para a turma. Quanto a você não ter conhecimento literário, isso é o de menos, o que conta é o texto mexer com você, te provocar sensações.

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  16. Magay (sem superlativo) eu ia fazer um comentario sobre o papo da Teresa com a novata Carol, mas até perdi o fio da meada, e não tem importância, pois o Brasil acaba de perder para o Paraguai nos penaltis e o principal não é ter perdido, isso sempre pode acontecer mas é ter errado QUATRO batidas. Porra mano, a seleção brasileira que tem o maior número de campeonatos mundiais não pode perder quatro penaltis. Desculpe mas estou perplexo.
    Desabafo do Igor Matoni.

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  17. Eu também estou perplexo, Igor. É inacreditável.

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  18. Carol, não se trata de ter razão ou não. Trata-se de conseguir se manifestar. Cada um na sua, de maneiras diferentes. Não pense que também não tenho segredos. Tenho luta diária comigo mesma. Essa sim não interessa a ninguém. Mas o meu texto aberto era de amor, de loucuras maravilhosas que a gente faz, na inconsequência dos 20 anos. E te digo, repetiria tudo outra vez. As situaões e o texto.

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  19. e continuando, Carol. Quase que eu repito o mesmo que o MA disse acima. Ninguém aqui é crítico literário. Quando vc lê um texto, de imediato vc sabe se ele é bom, se tocou lá dentro, se vc quer responder ou se prefere se calar. Isso aconteceu comigo quando li a segunda postagem do MA e me vi remexendo a minha história, revivendo aqueles momentos. Porque eles existiram de verdade, não são fantasia não.

    MA, veja o que vc causou !

    Igor, o que vc esperava dessa seleção ? pena eu tive do futebol feminino.

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  20. Magaysíssimo, passado o choque pela derrota pro Paraguai, ou melhor a derrota por causa da perda de QUATRO penaltis, quero então falar do papo Teresa-Carol que agora tem mais dois comentários da Teresa.
    Eu simpatizo desde o início com a Teresíssima, mas entendo que a sua maneira aberta de falar de certas coisas pode espantar. Acho que foi isso que aconteceu com a Carol, mas ela não bancou a ofendida, pelo contrario disse que a Teresa podia ter razão. Essa modestia faz com que eu simpatize também com ela, embora ainda não conheça ela. Em resumo, acho que as duas merecem apreço e repito pra Carol o pedido do Magay: entre pra turma.
    Abraço conciliador do Igor Matoni que está puto com a seleção.

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  21. Carol Vinhas de Jesus17 de julho de 2011 às 21:38

    Obrigado Matoni pela recepção. Agradeço a vc, ao editor do blog, o Magay, e à Teresa que me respondeu com detalhes.
    Ainda não sei quanto vou aparecer, mas sei que vou aparecer.

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  22. A Terê é do balacobaco, ponto pro mulherio.
    Visitante.

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  23. Tou tentando que o mulherio se solte ... nunca pensei que fosse tão dificil ! Por que ANONIMO ?

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  24. Por timidez, Terê, apenas isso.

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  25. Marco Antonio

    Sem exagero,achei simplesmente lindo.
    Sucesso para este seu Brava Palavra.

    Célia Castro

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  26. Milagre, milagre, Célia Castro enfim aparece.
    Já conversamos tanto sobre o blog e você não me premiava com uma linha... Agora, espero que você volte outras vezes, muitas outras vezes.
    Beijo.

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  27. Vocês homens só falam de mulher e futebol, minha nossa! Apesar disso, os três textos são sensacionais. Principalmente o segundo. Quando as mulheres querem brincar um pouquinho, arrebentam... e os bobos vão que nem patinhos!

    Teresa, adorei a sua história. Viva a mulherada!


    Beijo a todos.

    Antonia

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  28. é assim mesmo, Antonia. Qdo a gente quer ser honesta, abrir o jogo, eles ficam escandalizados. Não tou nem aí. Mas se eles quiserem posso tbém falar de novelas, tricô e receitas... Eca !

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  29. Palavras sempre bem entrelaçadas. A resposta final é que é notável:"Eu sou todas as mulheres que tive. Da que me pariu à que me pediu que a sodomizasse. Da que se deu inteira à que me negou o prazer mais ínfimo. Da que me sustentou à que me traiu. Eu sou todas elas.
    E sou também as que não tive. Todas, todas, todas." Não precisa de nenhuma.
    Beijo,
    Cristina Rito

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  30. A conclusão é tua, Cristina. E errada.
    Beijo.

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  31. Sem comentário, Cristina. Sinto, mas você não entendeu nada.

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  32. Entendi, sim. O seu texto é bem claro, são suas idéias, é você. Não temos o controle de tudo.
    Beijo

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  33. Não queira minimizar minha leitura. ela tem fundamento.
    Beijo.

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  34. Eu posso tá querendo me meter a besta mas acho que entendi o que o Marco quis dizer com essa historia de todas as mulheres, quis dizer que todas deixaram com ele alguma coisa delas daí então ele passou a ser elas.

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  35. Grande Esdras, não tenha medo de se meter a besta, você pode errar ou acertar, e agora você acertou em cheio, parabéns. Usando outras palavras pra aquilo que você escreveu, eu quis dizer que com todas as mulheres eu aprendi algo (importante ou não) e incorporei, ou tentei incorporar. Por isso eu sou todas elas.
    Parabéns de novo, sem petulância você foi no ponto, o que comprova que o melhor caminho é o da simplicidade.
    Abraço e um beijo amigo na Carla.

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  36. Sem "petulância" e com toda firmeza:"o pior cego é aquele que não quer enchergar." "Por isso sou todas elas." Você "quis dizer", mas diz muito mais. O caminho nunca é simples.
    Beijo,
    Cristina

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  37. Claro e cristalino como água. Não tem nenhuma outra interpretação.

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  38. Tirando as interpretações, seus escritos são um luxo!!!
    Beijo

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  39. realmente Cristina, é dificil pra um cego enxergar com CH !

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  40. concordo, Teresa! Os olhos dele enCHergam, nunca enXergaram!!!
    Cristina Rito

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  41. Não sei porque ser tão espezinhadora. Fica complicado entender o que vc quer dizer se vc não diz coisa com coisa. Parece de mal com a vida. Calma.

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  42. Marco: o Esdras ficou todo bobo com o teu elogio, está aqui junto de mim pulando feito crianção, daqui a pouco dou umas palmadas nele pra criar jeito. E eu gostei do beijo, pode mandar sempre.

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  43. Que bom, Carla, sempre que der vou te mandar beijos, eu sou beijoqueiro. Não tanto quanto o Cosme, que costuma mandar beijos para todos nós, mas bastante.

    E você, Cristina, o que significa o "Brava Palavra" com três exclamações?

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  44. Gay, espero que vocês gostem dos beijos que eu mando. São beijos meus e do Leandro, que adora ler o BP mas se recusa a comentar. Cada um do seu jeito. E pra variar,
    Beijo a todos.

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  45. Ora, Cosme, claro que gostamos. Bem, eu gosto e acho que os outros também. Por que não gostariam? Continue beijoqueiro, você e o Leandro.

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  46. Oi Cosme, bem que eu ando precisando de carinho ... esse começo de semana foi horrível e tou precisando de um colo urgente ! Tou completamente sem chão e desanimada. Aceito seus beijos também !

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  47. Um beijo de vez em quando não faz mal a ninguém, mas muito enjoa. Vamos ser equilibrados.
    Ana Gam noturna.

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  48. Magaysíssimo.
    Hoje estou madrugando pra comemorar com você os 2 a 0 do meu Corinthians sobre o seu Botafogo aí no Rio. Bom dia e um abraço irmão do Igor Matoni.

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  49. Parabéns, corintiano. Sem dúvida, até agora o teu time é o melhor no Brasileiro. Merece.

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  50. Do genial escritor colombiano, Gabriel Garcia Marquez, pra começar a encerrar nosso fim de semana.

    Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco.

    (Memórias de Minhas Putas Tristes )

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  51. o que é isso ? que texto maravilhoso, pungente. Mas será mesmo que o amor não é um estado da alma ? vou procurar ler o livro. Obrigado,Teresa

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  52. Caríssimo anônimo. Também concordo com vc. O amor é um estado da alma. Mas quem somos nós pra discutir com Garcia Marquez ? Realmente o texto é uma beleza como assim é o livro todo. Vale vc procurar. Depois volta pra me contar se gostou.

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  53. Teresa, normalmente não gosto de longas citações, mas sem dúvida esse pensamento do Garcia Marquez é muito bom. Parabéns.

    Anônimo, já que você gostou tanto da citação porque não se identifica para a partilharmos mais intensamente?

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  54. Ligeira, mas importante, correção: no comentário acima leia-se "compartilharmos" em vez de "partilharmos".

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  55. Sabia que esse escritor ia agradar. Podia aqui enumerar várias outras citações dele mas vou respeitar o espaço do blog.
    Vamos lá, MA. Aprontando a nova postagem de amanhã ? Cadê o povo daqui ?

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